Saiba como a PrEP está mudando hábitos sexuais do público vulnerável ao HIV

Data: 14.10.2019

O uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), um método relativamente novo de prevenção à infecção pelo vírus HIV, foi alvo recente de grande discussão no Twitter. Um internauta dizia que o método, sozinho, sem o uso de preservativo, seria uma alternativa para prevenir a contaminação pelo HIV e clamava: “Chega da ditadura da camisinha dos anos 90”

A polêmica estava lançada. Alguns foram contra, outros a favor, e os argumentos acalorados.

Pesquisas mostram que, quando tomada diariamente, a PrEP –combinação dos medicamentos tenofovir e entricitabina, que bloqueiam caminhos que o HIV usa para atacar o organismo– reduz drasticamente o risco de contrair HIV (dados apontam de 90% a até 99% de eficácia). A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda, desde 2012, a oferta da PrEP como uma das estratégias para prevenir a Aids. O centro da discussão envolve um possível abandono da camisinha pelas pessoas vulneráveis ao vírus HIV já que a PrEP não protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis (como gonorreia e sífilis) e, portanto, não substitui a proteção trazida pelo preservativo.

A quem a PrEP é destinada?

A profilaxia é oferecida pelo SUS de forma gratuita apenas ao público que tem mais chances de entrar em contato com o HIV: gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, trabalhadores do sexo e pessoas que estejam em uma relação em que somente um dos parceiros tem o vírus.

Alexandre Grangeiro, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do Projeto Combina, acredita que, assim como aconteceu com os medicamentos antirretrovirais (usados para tratar o HIV), a PrEP se tornará mais barata à medida que laboratórios fabricarem versões genéricas. “A PrEP ainda é recente no Brasil e é oferecida apenas a esse público vulnerável pelo SUS, pois, do ponto de vista coletivo, partimos do pressuposto de que há uma diminuição de 20% nas taxas de incidência do vírus.”

 

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