Registro de sarampo sobe 143% em SP; USP tem caso e faz ação de bloqueio

Data: 10.07.2019

O número de casos de sarampo mais do que dobrou em menos de um mês na capital paulista – de 32 para 78 registros, aumento de 143%. O campus da Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, na zona oeste, teve o primeiro caso registrado e há outro em investigação.

Por causa disso, haverá vacinação de bloqueio na Cidade Universitária, onde circulam cerca de cem mil pessoas por dia letivo. Já existem notificações da doença em todas as regiões da cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, há ainda 364 notificações de casos de suspeita em investigação. Não houve registro de mortes.

Entre os casos confirmados na capital, oito são importados (cuja infecção ocorreu fora de São Paulo) e os demais estão sendo investigados para que a secretaria determine se a contaminação ocorreu internamente. Conforme a pasta, “não é possível afirmar que há uma região com maior risco de transmissão da doença”.

Para a médica infectologista Zarifa Khoury, a alta é significativa. “Temos de ficar em alerta. Não tínhamos mais casos de sarampo”, diz a consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). A cidade não registrava casos de sarampo desde 2016.

Este ano, o Brasil também perdeu o certificado de país livre do sarampo, dado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2016.

Jovens e adultos estão mais vulneráveis à doença, embora o sarampo nesses casos seja menos grave do que em crianças ou idosos.

A vulnerabilidade ocorre porque é comum que pessoas nessa faixa etária não tenham tomado o reforço. “A cada semana, tenho de um a dois casos”, diz Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz – a maioria, diz ela, de jovens e adultos.

O risco nessa população são infecções secundárias. “A complicação do sarampo é pneumonia, encefalite, perda auditiva.” De 10 de junho até o 12 deste mês, é feita campanha de vacinação na capital com foco em pessoas de 15 a 29 anos.

Quem não tem certeza se tomou as duas doses deve procurar os postos. Até segunda passada, porém, só 1,6% da população nessa faixa etária havia se imunizado.

 

 

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