Quais doenças podem voltar ou avançar em 2019 no Brasil?
Em 2018, após 18 anos sem registro de sarampo autóctone (adquirido dentro do país), sendo três sem os decorrentes de pacientes vindos de outras localidades, o Brasil voltou a registrar casos desta doença infecciosa aguda, de natureza viral e altamente contagiosa, que pode ser transmitida por meio de tosse, fala e espirro. Pelos dados do Ministério da Saúde (MS), foram 10.262 confirmações do início de janeiro até 10 de dezembro.
Hoje, o país enfrenta um surto no Amazonas, com 9.779 casos, e outro em Roraima, com 349. Até agora, foram 12 óbitos em três Estados: quatro em Roraima, seis no Amazonas e dois no Pará. A maioria das vítimas tinha menos de 5 anos.
No novo ano, ao que tudo indica, a enfermidade, 100% prevenível com vacina, deve continuar. Mas há também outras patologias no radar das autoridades nacionais, que podem “voltar” ou até piorar nos próximos meses?
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que, com exceção do sarampo, “não há qualquer previsão de retorno de doenças eliminadas ou erradicadas”. Ainda assim, garante que é fundamental a manutenção de coberturas vacinais altas e homogêneas – o ideal é atingir 95% do público-alvo -, pois muitos vírus continuam em circulação em outros países.
Além disso, o órgão comenta que “com o fluxo de turismo e comércio entre nações, pessoas não vacinadas podem contrair doenças e criar condições para o retorno da transmissão das mesmas, caso não se mantenham elevadas coberturas vacinais em todas as cidades”.