Não é câncer nem promiscuidade: 4 dicas para lidar com o diagnóstico de HPV
Apesar de o HPV (papilomavírus humano) ser a infecção sexualmente transmissível mais comum que existe, receber o diagnóstico sempre assusta. Imediatamente começam a surgir na cabeça dúvidas como: “Terei câncer?”, “Fui traído(a)?”, “Ainda dá tempo de tomar a vacina? Ela vai ser útil?”
Se você está entre as 25% a 50% das mulheres e os 50% dos homens que descobriram ter o HPV no organismo, buscar informações corretas e confiáveis é o primeiro item de sua lista de coisas a fazer a partir de agora.
Ao desfazer os mitos e preconceitos mais comuns que pairam sobre o vírus, é possível focar apenas no que interessa: acompanhamento correto quando ele é detectado, importância da vacina para a população adulta (especialmente até os 45 anos) e viver sem desespero.
Reflita: não é necessariamente câncer
O primeiro passo diante do diagnóstico é se acalmar.
É preciso entender que a presença de HPV no organismo não indica, necessariamente, câncer.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 70% e 80% dos indivíduos com vida sexual ativa já entraram em contato com o papilomavírus humano.
Há mais de 150 tipos diferentes de HPV, que podem provocar não apenas feridas cancerígenas nas regiões anal, genital e oral – que, sim, podem ser tumores malignos ou precursoras de câncer, especialmente nas regiões do colo do útero e do pênis – mas também verrugas genitais de baixo risco, que, ainda assim, devem ser retiradas.
Os quatro tipos mais frequentes são 6, 11, 16 e 18. Enquanto o 6 e o 11 são de baixo risco e causam as verrugas anogenitais, o 16 e o 18 indicam alto risco para o desenvolvimento de câncer.
Não culpe seu(a) parceiro(a)
A única coisa que o vírus diz sobre sua vida sexual e a de seu(a) parceiro(a) é que, em algum momento da vida, vocês tiveram contato com o vírus, de acordo com especialistas ouvidos por VivaBem.
Não significa infidelidade, já que o HPV é capaz de permanecer “escondido” no corpo por muitos anos, décadas até, e de forma assintomática.
Também não é sinal de promiscuidade, uma vez que, segundo a OMS, a incidência do HPV é altíssima. “Simplesmente não dá para saber quando houve o contato”, afirma Marina Kobuti, ginecologista da Rede D’Or, em São Paulo.
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