Alergia a esperma não é ficção! Saiba como é essa hipersensibilidade

Data: 09.10.2023

Quem pensa que alergia a esperma é mito ou mera piada de mau gosto, engana-se redondamente: apesar de pouco frequente, ela existe. Infelizmente, justamente na hora do sexo – ainda que soe exótico a princípio, para os alérgicos não é nada engraçado.

Embora a maioria das alérgicas seja mulheres, homens também desenvolvem alergia a sêmen. Nessas pessoas, o contato do líquido com a pele provoca inflamação, vermelhidão, urticária e erupções cutâneas por todo o corpo, podendo até evoluir para diarreia e vômito.

Contudo, assim como na alergia a vespas e abelhas, há risco de vida se as vias respiratórias se inflamam, impedindo o fluxo de ar. O sistema cardiovascular reage, resultando em dispneia e desmaio, e os casos mais extremos podem redundar até mesmo num choque anafilático fatal. No fundo, trata-se de sintomas relativamente típicos de alergia…

Mudar de parceiro não adianta

Os pacientes não reagem ao esperma em si, mas ao líquido que contém os espermatozoides, o assim chamado plasma seminal. Em princípio, seu sistema imunológico se comporta como no caso da febre do feno: ele detecta como patógeno uma substância na verdade inofensiva, desencadeando uma violenta hiperreação.

Na febre do feno, as responsáveis são determinadas proteínas do pólen. Já no caso da alergia a esperma, durante muito tempo o agente desencadeador permaneceu não identificado. Só alguns anos atrás o dermatologista e alergista Johannes Ring. Coceira e sua equipe identificaram a proteína responsável: o antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês), produzido pela próstata.

Como o PSA está presente no esperma de todo homem, trocar de parceiro sexual não é solução: a alergia não é específica de determinados indivíduos. Por outro lado, aparentemente trata-se de uma reação imunológica muito rara, só tendo sido documentados cem casos em todo o mundo, desde 1958.

Conceito impreciso, mas problema é contornável

Cerca de metade dos casos também envolve outras alergias. Além disso, existe um grande número de casos não registrados, pois muitas pessoas acham constrangedor sequer mencionar o problema. Ainda assim, desde 2005 os registros se acumulam, e há dados indicando que só nos Estados Unidos haveria entre 20 mil e 40 mil portadores da alergia ao esperma.

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Alergia a esperma não é ficção! Saiba como é essa hipersensibilidade