Vários mal-entendidos atrapalham a vida de quem sofre de dermatite atópica

Data: 03.05.2021

Imagine um muro todo bonitinho, com tijolos muito bem colocados e cimento. Agora procure visualizar outro muro, só que com tijolos desalinhados, simplesmente amontoados e sem cimento algum entre eles.

Esta foi a comparação que ouvi da dermatologista Mayra Ianhez, professora da Universidade Federal de Goiás, para que eu entendesse a pele de quem tem dermatite atópica. É uma boa figura para esse drama. A pele, afinal, é um muro dividindo dois mundos — o interior do organismo e o ambiente externo.

A partir do momento em que existem brechas e que falta o “cimento”, toda a água que está do lado de dentro se evapora. Daí o ressecamento.

E toda substância que está do lado de fora, só de roçar, já entra. Pode ser o sabão do banho, o detergente da pia ou, enfim, moléculas das mais variadas espécies. O corpo, então, reage às partículas intrometidas com uma baita inflamação.

O resultado desse entra-e-sai é uma coceira sem fim, vermelhidão e descamação por qualquer bobagem. “Tudo irrita, às vezes a ponto de ferir demais”, diz a médica. Esse inferno sentido na pele tira literalmente o sono de tanto incomodar. Derruba a autoestima. Faz a pessoa virar alvo de preconceito pela aparência das lesões. Para alguns, atrapalha a rotina profissional tamanho o mal-estar e, sem dúvida, é capaz de afetar o desempenho escolar da cria.

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