A epidemia de peste que quase dizimou a humanidade 5 mil anos atrás

Data: 07.12.2018

A peste bubônica – também conhecida como peste negra – é famosa por ter causado epidemias devastadoras que acometeram a humanidade. Em 1347, por exemplo, estima-se que a doença tenha matado cerca de um terço da população europeia.

Acreditava-se que essa teria sido a primeira das grandes epidemias de peste. Mas uma descoberta de cientistas franceses, suecos e dinamarqueses traz indícios de que uma cepa ancestral da mesma bactéria – a Yersinia pestis – já causava mortes em humanos no Neolítico.

“Nossa pesquisa revelou o que acreditamos que foi a primeira grande pandemia da história humana”, afirmou à BBC News Brasil o biólogo Nicolás Rascovan, principal autor do estudo, publicado nesta quinta na revista científica Cell. “Essa pandemia pode ter desempenhado um papel em importantes eventos históricos da época.”

Rascovan enumera três evidências principais do estudo. Entre 5,7 mil e 5,1 mil anos atrás – para a história do mundo, um espaço curto de tempo -, muitas linhagens independentes de Yersinia pestis divergiram e se espalharam por  toda a Eurásia.

No mesmo intervalo de tempo, meios conduzidos por humanos e capazes de espalhar uma doença sobre grandes regiões geográficas – como meios de transporte sobre rodas e tração animal – também se expandiram por toda essa grande região.

A mesma época coincide com o surgimento dos primeiros assentamentos humanos considerados de grande porte – ou seja, aglomerações com até 20 mil pessoas que viviam em contato próximo com animais e provavelmente sob condições sanitárias precárias.

 

 

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